quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O pacificador

"Eu tentei mudar teu mundo através de versos. Eu tentei entrar em sua mente fazendo gestos. Amor e ódio sempre andando em lados opostos. Mas quem sou eu eu para lhe dizer o que tem que se fazer? Eu não sei de onde veio toda a sua mágoa, toda a sua angústia, todas essas suas lágrimas. Pra que tudo isso, se o que você mais quis você conseguiu? Já não entendo teu lado homem. Já não sei ao certo o que é que se passa dentro do teu coração, que um dia foi maduro e que o tempo levou a destruição. É a TV? É o rádio? São os filmes de terror? O que é então? Acontece que você anda agindo mais pela razão do que pela emoção. E o que estava escrito em sua alma, você fez questão de fazer tudo ao contrário.

Mas quero que apenas me diga. Quem é você afinal, que faz guerra por um simples mal entendido? Quem é você que mata pra depois se arrepender? Quem é você que carrega as flores com a intenção de não amar? Quem é você pra dizer que tudo deve estar como jamais deveria estar? Quem é você que mata pra depois chegar em casa e tudo esquecer? Que engana uma alma pura dizendo que ama para se aproveitar de bens?

Se você não sabe me dizer, quem sou para temer, uma fraca alma, que não se impõe nem mesmo para me dizer quem realmente é? Eu não tenho pena de ti, apenas não faço o que você faz. Eu rego a paz ao meu próximo, eu corro com as lebres para fugir do frio e na minha caverna sempre há espaço pra mais um. Eu fujo dos problemas quando consigo, e quando não consigo, mesmo assim, eu levo tudo com um sorriso na cara. Eu evito a guerra que você faz. Eu sou contra a falsidade que você prega em seu olhar. Eu me importo contigo, assim como me importo com todos. Eu não sou anjo, nem a sua oposição, eu sou mais que tenta lhe ajudar através de uma simples opinião.

Quem é você pra fazer Guerra, se nem ao menos sabe qual a sua missão neste mundo cruel e cheio de incertezas?

Pense bem, a revolução, a melhoria e o equilíbrio natural quem faz é você. E tudo não depende só de mim, mas sim de você também".
(Henrique P. Ficher ®)

Nenhum comentário: