"Ele era um bom garoto, gostava de sorrir e acrediatava em Deus. Caminhava todas as manhãs rumo ao trabalho onde acumulava todo o seu estresse semanal e descontava no mundo a fora aravés de olhares e não palavras.
Ela era uma boa garota também, não gostava tanto de sorrir, mas também acreditava em Deus. Era normal e abatida o bastante para acumular a tristeza de ter perdido o pai a alguns meses. Trabalhava a quatro quadras de distância do trabalho dele, e sempre se irritava com seu cabelo e com as canções do Elvis as quais tocavam as vezes no rádio de manhã. E por incrível que pareça ela reclamava até mesmo quando não tocava por não ter o que reclamar.
Ele ainda acreditava em uma grande garota a qual pudesse entrar na vida dele. Ela, desacreditava de tudo.
Mas o que os ventos daquele verão trouxeram não foi uma união, nem mesmo uma amizade, foi um caso estranho. Era um café muito bem movimentado e bem agradáel da cidade. Ele sentado perto da janela lendo algum artigo em seu jornal e ela sentada em uma mesa mais ao centro do lugar. De repente quando tudo pareceu normal, ele a avistou e ela se envergonhou, pois havia gostado dele também. Alguns minutos se passaram até que ele tomou coragem e foi falar com ela.
Sua cara não era uma das mais amigáveis, mas nada que um sorriso dele pudesse mudar a situação. Ele realmente tinha a magia certa para encantá-la. Os minutos foram se passando e então trocaram telefones. Ele preferia algo como um e-mail, algo mais reservado, e ela preferia mesmo assim passar o telefone, coisas de felicidade expressa. Ele então, abriu a porta do café para ela e se despediu com um doce beijo no rosto e seguindo seus passos ele deixou um sorriso na mente da garota para que ela pudesse se lembrar nos momentos mais tristes e tentasse sorrir sem ao menos ter vergonha de si mesma como sempre acontecia.
Mais tarde, depois de uma longa conversa e de muitos elogios de ambos os lados, ele arriscou um beijo, em hora errada claro, como todo homem costuma errar as vezes. Ela riu e ele se sentiu feliz por ao menos arrancar um sorriso dela, ou pelo menos parecia. Até que na hora de ir embora ele arriscou um beijo finalmente e conseguiu. A noite estava bonita porém não com muitas estrelas, mas a Lua parecia iluminar somente os dois. Era uma cena de cinema, até que o tempo dela se esgotou. Ela precisava ir embora, então ele a deixou em casa com mais um doce beijo nos lábios.
A madrugada parecia eterna pra ela, e ela voltou a sorrir e ser feliz de novo. Mas a história do ser humano nem sempre é tão feliz.
Os minutos se passaram, as horas se passaram, dois dias se passaram e ela jurava que estava tudo sendo perfeito, até que o mundo provasse ao contrário. E mais uma vez, como toda história tem sua parte triste, ela sonhava com ele, e com pelo menos mais uma ligação e ele estava atrás de mais alguma que pudesse fazer-lhe companhia em alguma outra noite, caso contrário, ele voltaria a ligar pra ela.
E ela ainda espera preocupada por uma ligação dele".
(Henrique P. Ficher®)
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
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