quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Dias diferentes

"Alguém me disse uma vez no colégio que você não valia um centavo. Alguém me disse uma vez sentado em um banco de praça, que eu tinha a cara de um otário. E são por esses e muitos outros fatos, que cresci te amando e ignorando os olhares falsos. Quem te viu quando criança, não te vê como hoje, apenas o que se comenta é que os seus olhos ainda mantém o mesmo tom cor de mel, e que seus cabelos ainda cheiram rosas do campo o qual o perfume eu não nego, é perfeito e só me traz o bem.

Alguém me disse certa vez que acreditava que o mundo não era redondo. Mas quem sou eu pra duvidar, apenas mantenho a crença no que passam pela TV. Ou será que deveria questionar? Por que deveria perder meu tempo, se o maior tempo do mundo eu prefiro dedicar totalmente a você? Já não me importam mais as nuvens cinzentas, não me importa se chova e não faça sol no final de semana, o que me importa é que você está comigo a todo instante. Se todos pensassem assim talvez um dia parassem de reclamar a falta e um dia de sol para irem a praia atrás de farra ou então deixassem de lado as reclamações sobre as enchentes para chegar a tal balada tão esperada, as quais acontecem aqui no estado de São Paulo.

Alguém me disse em um inverno distante de anos atrás que o calor fazia falta. Mas por que todos reclamam quando chega o verão e o calor fica excessivo? A maior verdade é que ninguém nunca está contente com nada, tudo é escasso! E de que adianta ter sentimento hoje em dia, se tudo o que todos procuram e ter um sorriso perfeito se ao lado sempre há algo mais belo e atrativo? O fato não é qualidade e sim conteúdo, os anos se passam, a beleza se torna velha e ai embora, esquecida no tempo. O que resta é aquele velho assunto, aquelas velhas lembranças e os velhos sorrisos que você guardou no passado para serem divididos no futuro.

Eu não sou ninguém pra julgar ninguém, também nem quero ser, prefiro não ter inimigos e nem fazê-los, mas como vou evitar se as más línguas os criam para mim? Se eu parasse para pensar mais sobre única felicidade, eu ficaria durante horas tentando resolver um problema o qual o mundo inteiro se embaralha através de armas e munições tentando construir paz, destruindo a paz do próximo.

Prefiro estar vivo do que morrer antes de realmente ver o fim ou o reinicio do mundo, para que no final de tudo eu possa concluir e finalmente crer, que eu sempre vivi dia a dia um diferente do outro, em dias diferentes".
(Henrique P. Ficher)

Um comentário:

Nathalia (Taia) disse...

Deixo uma pergunta em cima do post de hoje: será que algum dia haverá mudança? Será que algum dia a beleza deixará de ser o principal e dará espaço a brilhantes mentes e enormes corações cheios de amor? Estas dúvidas pairam na minha cabeça dia e noite, noite e dia.
Não sei onde errei ou onde estou errando. Bom, também do que importa isso agora, não é? O mal já está feito e é irremediável. Resta apenas a triste realidade e a esperança de se reerguer e tentar o caminho da felicidade, embora eu esteja começando a pensar que ele simplesmente não existe, que ele é como o fim do arco íris: todo mundo diz que existe e que lá tem um pote de ouro, mas nunca ninguém o encontrou...
Que seu dia seja iluminado.
Forte beijo de quem tanto te adora.
Nah!